terça-feira, 29 de dezembro de 2009

CONSIDERAÇÕES S/ A DIVINDADE E EXISTÊNCIA DE JESUS - continuação

TERCEIRA PARTE


PERGUNTA:- Que dizeis de certos autores, alguns sinceros e outros apenas talentosos, quando asseguram que Jesus foi apenas um “mito” e jamais existiu fisicamente no seio da humanidade terrena?

RESPOSTA:- É indiscutível que Jesus não só comprovou as predições do Velho Testamento, como ainda correspondeu completamente às esperanças do Alto na sua missão espiritual junto aos terrícolas. Os profetas tentaram comunicar aos judeus as premissas principais da identificação do Messias, assim como o tempo de sua vinda ao orbe, pois asseguraram que Israel seria o povo eleito para tal evento tão importante. Conforme as predições de Isaías (Cap. II, vers. 6 e 8), depois do advento do Salvador, todas aas coisas se ajustariam, pois até o “cordeiro se deitaria com o lobo, o leão comeria a palha junto ao boi e um pequeno menino conduziria as feras”. E as profecias ainda advertiam a raça de Israel, eleita para o advento do Messias, quanto à sua queixa, mais tarde, ao exclamar que “o povo para o qual viera, não o conhecera”. Corroborando tal predição, os judeus de hoje ainda adoram Moisés, profeta irascível, vingativo e até cruel; e olvidaram Jesus, pleno de amor, bondade e renúncia, porque realmente, “ainda não reconheceram o seu verdadeiro Messias”!

Efetivamente, causa estranheza o fato de certos autores ainda considerem Jesus um mito ou embuste religioso, e lhe negarem a vida física e coerente na Terra. Em verdade, Jesus é justamente o ser cada vez mais vivo entre os homens; pois a sua doutrina, crescendo em todos os sentidos, já influência até os povos afeiçoados aos credos de outros instrutores. Se o fulgor de Roma de Augusto ofuscou os historiadores da época, fazendo-os ignorar a figura de Jesus, isso não o elimina da face da Terra, nem o desfiguram as lendas semelhantes já atribuídas a Adonis, Crisna, Buda, Orfeu, Átis, Osiris, Dionísio ou Mitra. Apesar das inequívocas referências históricas sobre Anibal, Júlio Cesar, Carlos Magno ou Napoleão;ou mesmo sobre filósofos excepcionais, como Sócrates, Platão, Epicuro, Aristóteles, Spinoza ou Marco Aurélio, eis que Jesus, o “mito”, sobrepuja, em celebridade, a todos esses homens famosos!

Por que Jesus, o “mito”, supera a realidade e vive cada vez mais positivo e imprescindível no coração da humanidade terrena, enquanto famosos personagens “históricos” arrefecem no seu prestígio através dos tempos? Em verdade, os homens já experimentaram todas as filosofias, reformas religiosas e todos os códigos morais e sociais, e, no entanto, não lograram uma solução definitiva para os seus problemas angustiosos. A humanidade terrena do século XX, cada vez mais neurótica e desesperada, pressente a sua derrocada inevitável, ante o requinte e a fúria dos mesmos conflitos odiosos e guerras fratricidas do passado! Os homens da caverna não evoluíram nem se humanizaram; apenas trocaram o tacape pelo revólver de madrepérola, ou o porrete pela metralhadora eletrônica! Matava-se a pedras e paus, um de cada vez; hoje, mata-se uma civilização derretendo-a sob o impacto da bomba atômica! Paradoxalmente, não é a cultura e a experiência real transmitidas pela História o fundamento convincente para solucionar os problemas humanos tão aflitivos na atualidade. As criaturas estão tomadas pela desconfiança; duvidam da ciência que lhes dá o conforto material, mas não lhes ameniza a angústia do coração; descrêem de todas inovações sociais e educativas, que planejam um futuro brilhante mas não proporcionam a paz de espírito!

No entanto, Jesus, o “mito” esquecido pela história profana, ainda é o único medicamento salvador do homem moral e psiquicamente enfermo do século atual! Só o seu amor e o seu Evangelho poderão amainar as paixões humanas e harmonizar os seres numa convivência pacífica e jubilosa! Se Jesus fosse fruto da fantasia religiosa, então teríamos de concordar com a inversão de todos os valores do conhecimento humano, a ponto de não distinguirmos o fantasioso do real! Que força poderosa alimentou a vivência desse Mestre Cristão “imaginário”, fazendo-nos reconhecer-lhe um porte moral e espiritual do mais alto quilate humano? Qualquer homem pode negar a existência de Jesus; porém, jamais há de oferecer ao mundo conturbado e corrupto uma solução mais certa e mais eficaz do que o seu Evangelho!

PERGUNTA:- Existe alguma fonte histórica que anotou a figura de Jesus?

RAMATIS:- Alguns estudiosos confiaram na referência feita por Josefo, na sua obra “Antiguidade dos Judeus”, 93 anos depois de Cristo, aceitando como relato histórico da autenticidade do Mestre Galileu a seguinte passagem: “Nesse tempo viveu Jesus, um homem santo, se homem pode ser chamado, porque fez coisas admiráveis, que ensinou aos homens; e inspirado recebeu a Verdade. Era seguido por muitos judeus e muitos gregos. Foi o Messias”.

Mas, a nosso ver, as provas mais autênticas da vida de Jesus são as referências à perseguição aos “cristãos”, isto é, os seguidores de Cristo! Havendo cristãos martirizados por se recusarem a abandonar a doutrina do seu líder Jesus, cujos fatos foram registrados pela História, concluiu-se que o Mestre Jesus não foi um mito, mas uma figura real, malgrado a ausência de apontamentos históricos. Quanto à existência dos cristãos e do seu martírio, basta consultar-se as obras e anotações de Plínio, o oco, Suetônio, Tácito e outros da mesma época.

Também se pode considerar um relato autêntico a carta envida a Tibério, pelo senador Públio Lentulo, quando presidente da Judéia, narrando a existência de “um homem de grandes virtudes chamado Jesus, pelo povo inculcado de profeta da verdade e pelos seus discípulos de filho de Deus. É um homem de justa estatura, muito belo no aspecto; e há tanta majestade no seu rosto, obrigando os que o vêem a amá-lo ou a temê-lo. Tem os cabelos cor de amêndoa madura, são distendidos até as orelhas; e das orelhas até aas espáduas; são da cor da terra, porém, reluzentes. Ao meio da sua fronte, uma linha separando, na forma em uso pelos nazarenos. Seu rosto é cheio; de aspecto muito sereno; nenhuma ruga ou macha se vê em sua face; o nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, semelhante aos cabelos, não muito longa e separada pelo meio; seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, resplandecendo no seu rosto como os raios do sol; porém, ninguém pode olhar fixo o seu semblante, pois se resplende, subjuga; e quando ameniza, comove até às lágrimas! Faz-se amar e é alegre; porém, com gravidade. Nunca alguém o viu rir, mas antes, chorar”. (O retrato de Jesus feito por Públio Lentulo foi publicado pela “Revista Internacional do Espiritismo” e também se encontra na introdução da obra “A vida de Jesus Ditada por Ele Mesmo”).

PERGUNTA:- Sob a vossa opinião, quais são as fontes não históricas, mas autênticas, para informarem sobre a existência de Jesus?

RAMATÍS:- Sem dúvida, a fonte mais autêntica não histórica é a narrativa dos quatro evangelistas, apesar das interpolações e dos retoques que sofreu, inclusive também quanto a algumas contradições existentes entre os próprios narradores. Mas a fonte idônea, porque manteve a unidade psicológica e os propósitos messiânicos do espírito de Jesus. Entre os quatro evangelistas, dois deles foram testemunhas oculares dos acontecimentos ali narrados; e, por isso, mostram-se vivos e naturais nos seus relatos; os outros dois interrogavam minuciosamente as testemunhas que presenciaram as atividades de Jesus ou delas participaram na época. Superando aas interpolações perceptíveis a uma análise percuciente os quatro evangelistas se mostram imparciais singelos e seguros, pois eles narram os fatos diretamente, sem muitas divagações.

Há nos seus relatos um grande espírito de honestidade e de certeza absoluta naquilo que foi a vida de Jesus. Certamente existem algumas diferenças quanto à movimentação da pessoa do Mestre nos escritos dos quatro evangelistas, mas não há dúvida alguma no tocante à sua existência real. Outras provas de evidência são as cartas ou epístolas atribuídas a Paulo, as quais possuem a força comunicativa das suas atividades cristãs e transmitem o odor refrescante da “Boa Nova” e do “Reino de Deus” apregoados por Jesus! (Vide Epístolas aos Romanos, V e vers. 9: Corintios, I e vers. 23, XIV, vers. 3. Galatas, II e vers. 21: Efésios, II e vers. 20 e 21; Timóteo, II, vers. 8).

Evidentemente os historiadores não se preocupam em focalizar a pessoa de Jesus, por achá-la de pouca importância na época, pois se tratava de um simples carpinteiro, arvorado em rabino, e a pregar estranha moral num mundo conturbado pelas mais violentas paixões e vícios! A história jamais poderia prever no seio da comunidade de tantos rabis insignificantes da Palestina, que um deles se tornaria o líder de milhões de criaturas nos séculos vindouros, pregando somente o amor aos inimigos e a renúncia aos bens do mundo, em troca de um hipotético “reino celestial”.

Além disso, Jesus era filho da Galiléia, uma terra de homens ignorantes e rudes, coletividade de gentios, indignos de figurarem na história. No entanto, malgrado essas deficiências, Jesus projetou-se além dos séculos testemunhado pelos homens que o conheceram e pelos discípulos integrados em sua vida messiânica. Ninguém duvida da existência de Pedro e Paulo de Tarso; nem dos encontros do próprio Paulo com Pedro, Tiago e João. As próprias divergências e ciúmes existentes nas relações desses apóstolos, competindo para se mostrarem mais dignos do Mestre Jesus, já desencarnado, chegaram até vosso século sem perder a sua autenticidade! Paulo refere-se à última ceia e à crucificação de Jesus, como se tivesse realmente participado de tais acontecimentos tão dramáticos para a humanidade. (Vide Coríntios XI, vers. 23 e 6; XV, vers. 3 e Galatas, II, vers. 20).

Enfim, asa contradições encontradas entre os próprios evangelistas são apenas de minúcias, pois não modificam a substância das narrativas, e ali Jesus permanece de um modo fiel e coerente. É inadmissível que no curto espaço de uma geração, homens ignorantes, rudes e iletrados, pudessem inventar uma personalidades tão viva e inconfundível em sua contextura moral, como foi Jesus! Em verdade, a força do Amor e o espírito de confraternização manifestos na sua mensagem influíram sobre milhares de criaturas até os nossos dias, impondo a existência lógica e indiscutível de Jesus, ou então outro homem deve substituí-lo! Afaste-se Jesus da autoria do Evangelho, por que ele não figura na história profana de modo convincente, e a humanidade terá de criar outro “mito”, ou outro homem, para então justificar esse “Código Moral” de profunda beleza espiritual!

De todos os acontecimentos narrados pela própria História, Jesus ainda é a figura mais fascinante e convincente para nos condicionar a uma vida espiritualmente elevada. Jamais houve qualquer lenda ou narrativa a consumir tantas páginas em milhares de obras, capaz de atrair tanto interesse e admiração \á consciência do homem terreno.

Indubitavelmente, quanto mais os ateus e outros negadores se empenham em “extinguir” ou apagar a figura de Jesus, mais ele se impõe acima de todas as dúvidas, sobrepuja a própria história e mais vibra no coração dos crentes. Por conseguinte, é vã e tola qualquer pretensão de negar a sua existência, pois a despeito de todas as negativas, ele sempre ressurge irradiando luz e amor, na tela viva da consciência humana!

PERGUNTA:- Outros escritores expõem dados históricos e descrevem Jesus como um “sedicioso” incurso nas leis penas da época, cuja doutrina sob sua chefia fracassou ante os poderes judeus e romanos constituídos em Jerusalém. Que dizeis?

RAMATÍS:- Basta o conteúdo do Evangelho vivido e ensinado por Jesus, para desmentir qualquer afirmativa quanto a ele ter sido deliberadamente um rebelde ou sedicioso! Jamais o Mestre Cristão desejou alguma coisa do mundo material, cuja vida terrena foi centralizada exclusivamente em torno dos bens imperecíveis do espírito eterno. Ele viveu trinta e três anos na face da Terra sem ater-se a quaisquer interesses mundanos; e ninguém poderá inculpá-lo de um só fato ou empreendimento egoísta, que lhe tenha dado relevo pessoal no ambiente político ou sacerdotal do mundo. Nasceu e desencarnou extremamente pobre, encerrando seus dias heróicos sem valer-se dos favores ou conluios com os poderosos da época.

O homem sedicioso é sempre um rebelde, um inconformado, pois é criatura ávida do poder temporal e da exaltação sobre os seus conterrâneos. Os grandes sediciosos ou indisciplinados que a História nem sempre registra com carinho e gratidão, chamaram-se Davi, Átila, Gengis-Kan, Asoka, Alexandre, Aníbal, Tito, Júlio Cesar, Carlos Magno, Ivã, o Terrível, Napoleão, Kaiser, Stalin, Hitler, Mussoline e outros, os quais juntamente com certas qualidades excepcionais, como a obstinação, capacidade de comando, arrojo, ambição e estratégia, manifestaram também os pecados do orgulho, da crueldade, pilhagem, vingança ou libidinosidade!

Sem, dúvida, alguns desses homens foram gênios ou heróis; outros, apenas loucos ou paranóicos. Não contestamos que tenham infuído ou modificado os destinos dos povos no transcorrer de uma época, pois a Suprema Lei faz surgir o bem dos destroços do próprio mal, aproveitando a impetuosidade, paixão selvagem, cobiça, ambição e o arrojo dos sediciosos, para efetuar as grandes transformações históricas e sociais no mundo. Escravos dos desejos de glórias ou de riquezas, muitas vezes eles abriram as comportas da dor e do sofrimento para os seus próprios comparsas das vidas passadas, agindo como os carrascos implacáveis nas provas de resgate cármico do pretérito. Examinando as tropelias sangrentas narradas no Velho Testamento, podemos certificar-nos do imenso número de soldados, comparsas e aventureiros judeus, que naquela época praticaram as mais bárbaras atrocidades. No entanto, sob o gládio da Justiça Divina, eis que eles retornaram à carne travestidos ainda na figura de judeus, porém humilhados e vítimas dos nazistas nos famigerados campos de concentração e em mortes cruéis, para resgatar débitos clamorosos do pretérito! (Nota do Médium:- Segundo certo comunicado mediúnico por entidade de reconhecido critério espiritual, Hitler, no passado, foi o re David e comandou inúmeras vezes as hecatombes sangrentas registradas amiúde, na Bíblia. Mas de acordo com a lei de “quem com ferro fere, com ferro será ferido”, o seu espírito retornou à Terra, na Alemanha, e, sob a injunção do Carma, abriu as comportas do sofrimento redentor para os seus próprios comparsas e soldados que comandou outrora e lhe cumpriram fielmente as ordens bárbaras. Assim, os mesmos judeus que ele trucidou neste século, nos campos de concentração, já tinham vivido com ele e eram os mesmos soldados e comparsas impiedosos, afeitos aos massacres dos povos vencidos. Como exemplo a esmo, das barbaridades cometidas pelo rei Davi e seus exércitos, no passado, eis o que se encontra em “Reis, Livro 2º., cap. XII, vers. 31” e transcrevemos: “E trazendo os seus moradores, os mandou serrar; e que passassem por cima deles carroças ferradas; e que os fizessem em pedaços com cutelos; e os botassem em fornos de cozer tijolos; assim o fez com todas as cidades dos amonitas; e voltou Davi com todo o seu exército para Jerusalém”).

Mas a Lei aproveita esses homens atrabiliários e cruéis e os mobiliza como matéria prima para trazer o Bem pelo Mal, pois eles aproximam povos, fundem fronteiras, derrubam tiranias, extinguem feudos seculares, sacodem o pó das velhas dinastias, abrem clareira para novas relações humanas, proporcionando o ambiente eletivo para novos ensaios políticos e sociais de vida entre os sobreviventes. Durante a revolução francesa cometeram-se as mais bárbaras atrocidades e injustiças sob o slogan esperançoso de “Liberdade, Fraternidade e Igualdade”. A pilhagem foi organizada e oficializada pelos poderes dominantes; dela não se beneficiaram apenas os pobres e os injustiçados, mas também os oportunistas,os delinqüentes e os facínoras, espécie de corvos adejando sobre a carniça! Mas paradoxalmente, desse movimento sangrento e sarcasticamente amparado pelos próprios conceitos da moral superior, nasceram os princípios que depois consolidariam uma jurisprudência mais digna e a soberania popular pela doutrina da democracia!

Quantas vezes surgem da ralé, indivíduos inexpressivos, que se projetam no furor dos empreendimentos e das tropelias sangrentas, ávidos de gloríolas mundanas e festejados pelas multidões tolas, dominados pelo cabotinismo e pela paranóia perigosa? Servis, incultos, temerosos, enfermiços, frustrados, miseráveis e impotentes, depois se tornam monstros, bárbaros, impiedosos, cínicos, irascíveis, brutos e orgulhosos, quando são guindados ao pode absoluto, passando a desforrar-se dos mínimos vexames e ressentimentos que acumularam durante os seus dias inexpressivos e desfavoráveis. (Nota do Revisor:- É ainda o caso de Hitler, que , em sua juventude, foi indivíduo enfermiço, ignorante, taciturno e pobre, mal sucedido com os amigos e sustentando-se mediante trabalhos rudes e humildes, tais como limpar ruas, carregar bagagens, servir de pedreiro, puxar terras ou remover neve, conseguindo, a muito custo, a divisa de cabo na cozinha do exército alemão. No entanto quando assumiu o poder na Alemanha, então, ele vingou-se furiosamente de todas as mágoas e ressentimentos que sofrera na juventude, por parte da sociedade, dos militares e dos judeus especuladores. Dominado pela megalomania de profunda exaltação de um misticismo egocêntrico e mórbido, que o fazia supor-se um predestinado para dominar e dirigir o mundo, extravasou o seu furor paranóico e atrabiliário, a sua perversidade e vingança. Causando a catástrofe guerreira de 1939, onde foram organizados os diabólicos campos de concentração e as câmaras de gases para extinguir e assassinar os judeus).

No entanto, Jesus sempre foi criatura pacífica, de atitudes claras e honestas, esclarecendo que o seu “reino não era deste mundo”, e cuja conduta não dúbia, nem capciosa, jamais se assemelhando a qualquer sedicioso do mundo. Nunca praticou em sua vida qualquer ato de rebeldia, desforra ou crueldade que pudesse nivelá-lo à conduta dos homens despóticos e belicosos! O seu bom senso sempre aconselhava aos homens “dar a César o que é de César; e a Deus o que é de Deus”; a sua autoridade espiritual merece o culto de todas as escolas espiritualistas do mundo, que lhe cultuam a memória na conta de um elevado Mestre! Os esoteristas, teosofistas, rosa-cruzes e iogas reconhecem Jesus como entidade já liberada do jugo do Carma, um “Avatar” ou Instrutor Espiritual de alta estirpe; enfim, um “eleito” de elevada categoria sideral e de amplitude cósmica. Ele foi um eleito que trouxe à Terra o Bem pelo Bem, e não apenas um “escolhido” que pode semear o Bem pelo Mal. (Vide a obra “Do Pais da Luz”, cap. , 1º. Vol., psicografia de Fernando de Lacerda, na qual o espírito de Napoleão diz o seguinte:- “O eleito é sempre escolhido; mas o escolhido não é eleito. O eleito foi escolhido por Deus para fazer o Bem pelo Bem; o escolhido pode ser para fazer o Bem pelo Mal. O eleito foi Jesus. Eu fui escolhido”.

Nesta comunicação, Napoleão compara sua existência turbulenta e ambiciosa com a missão terna e pacífica de Jesus).

PERGUNTA:- Se Jesus não era um sedicioso, como pôde ser enquadrado sob asa leis romanas, em cuja época se puniam os rebeldes e os criminosos pela crucificação?

RAMATÍS:- O sacerdócio judaico conseguiu arquitetar provas materiais e testemunhos contra Jesus, entre os próprios seguidores e a turba que o aplaudira à sua entrada em Jerusalém, conseguindo incriminá-lo como “sedicioso” junto a Pôncio Pilatos, Procurador de Roma na Judéia.

Prenderam-no à conta de um malfeitor comum, malgrado ele só ter lutado com as armas da ternura, bondade e amor! Mas os verdadeiros motivos da sua crucificação, cujo holocausto o Mestre Jesus aceitou sem qualquer protesto, exigem um capítulo especial a ser compilado nesta obra.

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