terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O SUBLIME PEREGRINO


RAMATÍS – psicografia por Hercílio Maes

Prezados leitores:

Cabe-nos dar algumas breves explicações a respeito da obra intitulada “O SUBLIME PEREGRINO” Não se trata propriamente de uma história de Jesus em absoluta cronologia com todos os seus passos na Terra. Calcula-se que já tenhamos cerca de 10.000 obras escrita sobre sua existência, e todas elas fundamentadas ou baseadas nos relatos evangélicos de Mateus, Lucas, João e Marcos, que são a única fonte biográfica de referência oficial da passagem do Mestre Cristão entre os homens. Em conseqüência, achamos que seria desperdício de tempo tentar com Ramatís mais uma “Vida de Jesus”, nos moldes das biografias já existentes, as quais nos apresentam tantos aspectos dele, que até nos parece tratar-se de centenas de indivíduos diferentes!

Então preferimos indagar a Ramatís quanto aos principais fatos da existência do Amado Mestre Jesus, mas sem qualquer receio de tabus, proibições, dogmas, pieguismo, crenças e interesses religiosos, malgrado isso possa causar choques emotivos nos tradicionalistas e protestos dos mais sentimentalistas, ainda condicionados às tradições religiosas. Sabíamos que Ramatís fora conhecido filósofo egípcio, no tempo de Jesus, e assim poderia dizer-nos algo daquela época e da vida do próprio Mestre. Mobilizamos assuntos nevrálgicos e perguntas até impertinentes sobre Jesus de Nazaré, o Redentor da humanidade, mas procuramos conhecê-lo como o homem incomum, magnífico e santificado, que seria mais lógico, em vez do Mito alvo da adoração fanático e inconsciente imposta pelos dogmas da especulação religiosa organizada. Ademais, queríamos saber quanto a sua “descida” à Terra, sua identidade sideral, porque nascera na Judéia, qual o processo técnico de sua encarnação, o seu contato com os Essênios, a natureza da traição de Judas, a realidade dos seus milagres e feitos, os motivos óbvios de sua condenação à cruz, o seu julgamento perante o Sinédrio e Pilatos, a razão das passagens evangélicas que lhe desmentem a bondade e a tolerância, a verdade ou fantasia do Cristo Planetário, e, finalmente, qual fora a sua contextura humana, física ou fluídica?

Quanto às simpatias ou antipatias, censuras ou elogios, é problema que não nos preocupa, uma fez que a nossa intenção é servir e ser útil a uma causa espiritual de amplitude coletiva, quaisquer que sejam as críticas humanas a respeito de nossa tarefa. Antevemos os protestos de certos setores religiosos grampeados ainda ao subjetivismo dos “milagres” e das fantasias mitológicas; chegando até a admitir que o próprio Deus se travestiu de homem para então pode salvar a humanidade. E também discordarão desta obra os espiritualistas que admitem a excentricidade de um Jesus fluídico, a competir com os homens mediante o privilégio de uma natureza humana diferente das leis biológicas da procriação.

Na função de médium de Ramatís, tudo fizemos para recepcionar o seu pensamento com isenção de Ânimo e sem qualquer premeditação mediúnica. “O Sublime Peregrino não é somente uma tentativa par focalizar novos ângulos da vida de Jesus através da psicografia;mas, principalmente, dar-nos algo de sua própria contextura sideral fora da matéria, a natureza de suas relações com os planos da vida cósmica e com o Espírito Planetário da Terra! Esse então é o Jesus que precisamos sentir permanentemente em nós mesmos, porque ultrapassa o “tempo” e o “espaço”, e significa a Fonte inesgotável, o “caminho, a verdade e a vida” de nossa ventura espiritual!

Ass.: GRUPO RAMATÍS

Jesus, embora fosse um anjo exilado do Céu, viveu junto dos terrícolas, lutando na vida humana com as mesmas armas, sem privilégios especiais e sem recorrer a interferências extraterrenas para eximir-se das angústias e dores inerentes à sua tarefa messiânica. O seu programa na Terra destinou-se a libertar tanto o sábio e o rico, como o iletrado e o mais pobre; por isso enfrentou as mesmas reações comuns a todos os homens, suportando aas tendências instintivas e os impulsos atávicos, próprios de sua constituição biológica hereditárias, embora lhe atribuíssem uma linhagem excepcional da estirpe de Davi. (Vide Lucas, cap. II, vers. 4. 2ª. Epístola de Paulo a Timóteo, cap. II, vers. 8). O Mestre mobilizava todos os recursos possíveis para evitar sua desencarnação prematura, cujo corpo de carne se ressentia do potencial elevado das vibrações sidérias emitidas pelo seu Espírito Angélico. Viva, em alguns minutos, os pensamentos, as emoções, as angustias e ansiedades que os terrícolas não conseguiam viver em uma existência. O ritmo do metabolismo de sua vida espiritual ultrapassava o limite áurico de toda a humanidade terráquea, e os seus raciocínios transbordavam fora do tempo e do espaço, exaurindo-lhe o cérebro.

No seu hercúleo esforço para situar-se a contento, na carne, Jesus assemelhava-se a um raio de sol tentando acomodar-se numa vasilha de barro! A sua mente vivia hipertensa, cujo impacto se descarregava sobre os plexos nervosos, oprimiam-lhe o cérebro, os nervos, o sangue e os vãos capilares, resultando, então perigosos hiatos na rede circulatória. O turbilhão de pensamentos criadores vibrava e descia da superconsciência; ele então recorria aos jejuns periódicos, a fim de o seu espírito conseguir maior liberdade nessas fases pré-ágônicas de desafogo da matéria. Outras vezes, o próprio organismo mobilizava recursos biológicos de emergência imediata de humores, a perigosa tensão “psicofísica”, fruto do fabuloso potencial de energia espiritual a lhe prensar a carne frágil! (Nota do Revisor: O Evangelho de Lucas, cap. XXII, vers. 44, refere o seguinte: “E veio-lhe um suor de sangue, como de gotas de sangue, que caia sobre a terra”. Trata-se de suor sanguíneo, por hemorragia das glândulas sudoríparas, que a Medicina chama de hematidrose).

Embora as paixões e os desejos estejam na alma, Jesus também se via obrigado a mobilizar os seus recursos angélicos, a fim de neutralizar as vibrações pesadas do ambiente onde se encontrava, assim como as folhes delicadas resistem aos ventos agressivos. A própria narrativa religiosa simboliza na tentação de Satanás ao Mestre Jesus, no “deserto da vida humana”, a força dos impulsos da animalidade pretendendo enlaçá-lo nas teias sedutoras da vida sensual e epicurística do mundo. (Vide Mateus, cap. IV, vers. 1 a 11)

Malgrado o terrícola ainda não possuir sensibilidade moral apurada, em condições de avaliar o imenso sacrifício e abnegação despendidos por Jesus para descer aos charcos do vosso mundo, são bem menores as lutas, angústias e os tormentos do pecador, no sentido de purificar-se até subir às esferas da angelitude, ante o martírio do anjo que renuncia às venturas celestiais dos mundos divinos, para descer ao abismo pantanoso dos mundos materiais, como sucedeu a Jesus.

É bem mais fácil e cômodo despojarmo-nos dos trajes enlameados e tomarmos um banho refrescante, do que vestirmos roupas pesadas e descermos a um fosso de lodo repulsivo e infeccionado, onde se debatem criaturas necessitadas de nosso auxílio.

Paz e Amor...


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